Para a rede de Tv Bandeirantes – a instituição com direitos de transmissão do carnaval de Salvador – a festa conduzida pelo Rei Momo, que este ano não pesa mais do que 50kg, fugindo a tradição da “figura símbolo do carnaval, homem muito gordo e vestido como Rei, Rei do Carnaval” – o Carnaval se reduz a mostrar os trios na Barra e Ondina, na quinta, sexta e sábado e no Campo Grande a partir de domingo.
Avenida 7, Relógio São Pedro, Praça Castro Alves, Rua Chile, Praça da Sé, Centro Histórico, Avenida Carlos Gomes, Largo dois de Julho e casa de Itália, não existem. O percurso todo tem cerca de 8km, (Praça da Sé, Terreiro de Jesus, Pelô e Santo Antonio não incluidos), entretanto a Bandeirantes só mostra o Campo Grande, com um agravante, somente os trios com cantores e artistas famosos, nada de blocos de afoxé, índios, afros ou pequenos grupos e suas “bandinhas”.
No Pelourinho se é, que ainda existe carnaval, fica restrito a uma pequena parte de foliões da cidade, provavelmente moradores dos Pelô e arredores. Ninguém sabe, a Tv não mostra nada, absolutamente nada. A Rede Bahia mostrou alguns poucos momentos de pequenos blocos tradicionais, nada alem de alguns minutos comentando e mostrando algumas poucas pessoas de “divertindo” no Terreiro de Jesus, na quinta feira, abertura do carnaval.
Infelizmente a Bandeirantes conseguiu “acabar” com o carnaval tradicional de Salvador e, o que é pior, grande parte da mídia local faz o mesmo, com poucas exceções.
Jornais locais trazem informações e reportagens que mostram, muitas vezes, a realidade do carnaval de Salvador, que para a maioria dos participantes é sinônimo de sofrimento e desconforto, pouco espaço e muita porrada.
A Bandeirantes “enterrou” o histórico encontro dos trios da praça castro Alves, “enterrou”os blocos carnavalescos dos bairros e com isso esta conseguindo “enterrar” o tradicional carnaval baiano. E isso, infelizmente com o apoio de muitas “estrelas” do chamado carnaval novo, que exclui, descrimina e “mata” a alegria da maioria dos foliões. Não sou saudosista nem contra a evolução natural das coisas, mas fica a pergunta: Se no Rio de Janeiro, o bloco da Bola Preta leva para a avenida quinhentos mil foliões – com a cobertura da Globo e a ajuda da prefeitura, se no Recife o bloco Galo da Madrugada arrasta um milhão e meio de foliões, porque na Bahia essa tradição tem que acabar?
A Bandeirantes “enterrou” o histórico encontro dos trios da praça castro Alves, “enterrou”os blocos carnavalescos dos bairros e com isso esta conseguindo “enterrar” o tradicional carnaval baiano. E isso, infelizmente com o apoio de muitas “estrelas” do chamado carnaval novo, que exclui, descrimina e “mata” a alegria da maioria dos foliões. Não sou saudosista nem contra a evolução natural das coisas, mas fica a pergunta: Se no Rio de Janeiro, o bloco da Bola Preta leva para a avenida quinhentos mil foliões – com a cobertura da Globo e a ajuda da prefeitura, se no Recife o bloco Galo da Madrugada arrasta um milhão e meio de foliões, porque na Bahia essa tradição tem que acabar?
PS. O carnaval "antigo” , como alguns insistem em chamar, ainda vive, blocos com suas "bandinhas" e fantasias fazem a alegria de foliões em diferentes bairros e no centro da cidade, só não é digno de ser transmitido pela Tv Bandeirantes.
Arroyo - Urso Tropical