segunda-feira, agosto 29, 2011

Mestre interior!


Para uns, algumas palavras bastam.
Para outros, um livro é suficiente.
Outros conseguem “enxergar” no decorrer dos estudos convencionais.
Entretanto, a maioria, passará uma vida e não descobrirá a luz, o mestre dentro de si. Não encontrará e não beberá do cálice da sabedoria, herança genética, que todos temos, mas que, por razões varias, não acreditamos. A vida passa e o guru, o mestre, não é encontrado. O âmago da razão, da estabilidade emocional não chega. Estará eternamente ansiosa, a procura em outrem, daquilo que está dentro de si.
“Somos nossos maiores algozes.”

Antony Arroyo
29/08/2011

sábado, agosto 20, 2011

Tempo!



O tempo esta diminuindo!
Já vivi, com certeza, mais de dois terços, quiçá ainda mais, desta minha trajetória. Já tenho historias para escrever, mas ainda não tenho netos para contar essas historias.
Quanto tempo me resta?
Que legado deixarei neste planeta? “Os amores?”
Só os amores?
Sim, os amores, por onde andarão?
Será que ainda nutrem lembranças?
Estas lembranças fazem rir ou chorar, trazem alegria ou tristeza?
“Passamos”, o legado fica.
Qual?




Antony Arroyo

sexta-feira, agosto 19, 2011

Amigo da Onça! Lembra dele?



Estava ele, com o amigo, Elvis*, sentado em um bar na ilha de Itaparica, bebendo cerveja e chalaceando, galhofando, enfim, parolando e rindo das aventuras de cada um.
A esposa de Elvis, com cara “amarrada”, sinalizava, a cada segundo o descontentamento com aquela situação. Sem poder abrir a boca, uma única vez sequer, durante horas, estava prestes a gritar, calem seus F. D. Ps. (pode imaginar uma mulher ficar horas de boca fechada, sem nem rumorejar?)
De repente Elvis levanta-se e diz:
Amigo, você é um magnífico estalajadeiro, a conversa esta maravilhosa, mas meu tempo é exíguo, tenho que ir, “meu” ferry sai às 14 horas, já são 13 horas.
O que? Pergunta o protagonista desta historia. (trocista inato)
“Nada disso. Me da aqui essa passagem, afinal sou diretor do BNB, tenho poder, muita influencia, resolvo isso agora.”
Pegou a passagem da mão de Elvis e escreveu no verso; “Autorizado para sair às 17h30min.” Neste momento pensou; “espero que ele perceba que isto é uma brincadeira.”
Elvis recolhe a passagem, lê, boquiaberto, as palavras escritas no verso, agradece e pensa; “Esse é o cara.”
Deram prossecução no bate papo, nessa altura dos acontecimentos, a esposa só pensava em como “esganar” aquele “amigo”. (continuava calada, que tortura)
Às 17 horas. Elvis levanta-se, irredutível, e diz;
“Querida, pegue o carro que vamos embora, você dirige.”
Ela, esboçando em sua face sinais de alivio por ver chegar o fim daquele encontro, ainda em estado de irresolução, resumiu, todo desejo e vontade que tinha de abrir a boca para falar, seja lá o que fosse, em um simples; “Sim, querido.”
Ao chegarem perto do terminal do Ferry boat, perceberam que, como sempre, havia uma fila gastronômica, uma balburdia total, azáfama e algazarra. Ela pergunta; “ficaremos aqui no fim da fila?”
Elvis, mostrando total satisfação em ter um amigo, diretor do BNB, responde;
Não! Vamos direto para entrada.
Ao chegarem à entrada, Elvis apressa-se em entregar a passagem ao controlador.
Controlador: “Amigo, esta passagem já era, foi às 14 horas.”
Elvis; “Veja no verso, meu amigo diretor do BNB, autorizou.”
O Controlador, com duvidas, percebeu que aquilo tudo tinha procedência ambígua. Perguntou; "Quem?"
Elvis, com ar impenitente e voz esfuziante, responde; "Dr. Fulano, meu amigo, diretor do BNB!"
Controlador; "Espera, vou ver." Saiu, voltou e disse; “Por favor, vá para o fim da fila, não sabemos quem é esse diretor.”
A esposa grita; “PERFÍDIA.” Em seguida balbucia; “quero matar você.”
Na verdade quer matar o amigo, o diretor do BNB (que já não é mais diretor da instituição referida). Ela espera, ainda hoje, para encontrá-lo, em qualquer lugar da Ilha de Itaparica, da Bahia, do Brasil ou do mundo, apenas para, digamos, enforcá-lo.
E o amigo que ficou na ilha?
Bem! Esse “amigo da onça”, quando comenta sobre o episódio, ri as gargalhadas, imaginando como foi à noite de Elvis, tendo que suportar a esposa ululando a noite toda, e que só conseguiu sair da ilha no ferry das 3 horas da madrugada.

Historia verídica! (contada aos risos por um amigo, o protagonista, durante caminhada matinal, em uma praça no centro da cidade do Salvador, Bahia)
* nome fictício











Antony Arroyo

quinta-feira, agosto 18, 2011

Medo!

Evitamos pensar em certas situações e acontecimentos, para não ter que enfrentá-los. Omitimos. Vemos, mas não enxergamos, ouvimos, mas não escutamos. E, por quê?
MEDO!
Medo que o “sonho” se transforme, não no que queremos, mas em algo insuportável. Algo real como a crueldade do ser humano, o egoísmo aflorado em muitos que estão a nossa volta. Algo como, “descobrir” que somos semelhantes, mas que, definitivamente, não somos todos iguais. Esse medo que nos leva, a cada dia repetir nossos hábitos, mantendo a esperança que, algum dia será diferente, mas esse dia não chega, quando, em um momento de coragem e rebeldia, pensamos em reagir, o corpo falha, de repente percebemos que já não temos o “direito” sobre nossas vontades, já não podemos, física e biologicamente controlar nossos músculos e desejos, somos apenas anciões, sem força para nos mover e fazer valer nossa vontade. Alguém dirá, CALA BOCA VELHO... Com sorte, talvez já tenhamos perdido parte dos sentidos e, surdos, não escutaremos nada, como de outrora...

Arroyo 18/08/2011

quinta-feira, agosto 11, 2011

Email para um amigo.

Estimado amigo, Bom dia.

Deixemos de caraminholas e de aguardar bamburrias. Você, um homem matraqueado, que tem facúndia para lidar com eruditos e asselvajados, que é resiliente, refulgente, judicioso e intimorato, saberá sempre separar o intemerato dos bulhentos e trampolineiros. Com tua conduta deixou e deixará a espera aqueles que querem derrotá-lo. Estimado amigo, teu instinto vulpino fará de você a verve dos artistas. De um trampesco no pusilânime e galhofeiro e siga em surdina. Para evitar a aljube, devemos também evitar o embusteiro e o galopim. Quanto a mim, aguardarei aqui com exemplares de alfarrábios e minhas emulações fantasiosas. Amigo alvissareiro perdoe minha bazofia, mas na azáfama da vida moderna algumas bernadices podem nos fazer rir, portanto receba esta missiva com alegria e sorria, faz bem a saúde.

Paz Profunda!
Arroyo
11/08/2011