terça-feira, fevereiro 05, 2008

Bandeirantes "mata e enterra" o tradiconal Carnaval Baiano

Para a rede de Tv Bandeirantes – a instituição com direitos de transmissão do carnaval de Salvador – a festa conduzida pelo Rei Momo, que este ano não pesa mais do que 50kg, fugindo a tradição da “figura símbolo do carnaval, homem muito gordo e vestido como Rei, Rei do Carnaval” – o Carnaval se reduz a mostrar os trios na Barra e Ondina, na quinta, sexta e sábado e no Campo Grande a partir de domingo.
Avenida 7, Relógio São Pedro, Praça Castro Alves, Rua Chile, Praça da Sé, Centro Histórico, Avenida Carlos Gomes, Largo dois de Julho e casa de Itália, não existem. O percurso todo tem cerca de 8km, (Praça da Sé, Terreiro de Jesus, Pelô e Santo Antonio não incluidos), entretanto a Bandeirantes só mostra o Campo Grande, com um agravante, somente os trios com cantores e artistas famosos, nada de blocos de afoxé, índios, afros ou pequenos grupos e suas “bandinhas”.
No Pelourinho se é, que ainda existe carnaval, fica restrito a uma pequena parte de foliões da cidade, provavelmente moradores dos Pelô e arredores. Ninguém sabe, a Tv não mostra nada, absolutamente nada. A Rede Bahia mostrou alguns poucos momentos de pequenos blocos tradicionais, nada alem de alguns minutos comentando e mostrando algumas poucas pessoas de “divertindo” no Terreiro de Jesus, na quinta feira, abertura do carnaval.
Infelizmente a Bandeirantes conseguiu “acabar” com o carnaval tradicional de Salvador e, o que é pior, grande parte da mídia local faz o mesmo, com poucas exceções.
Jornais locais trazem informações e reportagens que mostram, muitas vezes, a realidade do carnaval de Salvador, que para a maioria dos participantes é sinônimo de sofrimento e desconforto, pouco espaço e muita porrada.
A Bandeirantes “enterrou” o histórico encontro dos trios da praça castro Alves, “enterrou”os blocos carnavalescos dos bairros e com isso esta conseguindo “enterrar” o tradicional carnaval baiano. E isso, infelizmente com o apoio de muitas “estrelas” do chamado carnaval novo, que exclui, descrimina e “mata” a alegria da maioria dos foliões. Não sou saudosista nem contra a evolução natural das coisas, mas fica a pergunta: Se no Rio de Janeiro, o bloco da Bola Preta leva para a avenida quinhentos mil foliões – com a cobertura da Globo e a ajuda da prefeitura, se no Recife o bloco Galo da Madrugada arrasta um milhão e meio de foliões, porque na Bahia essa tradição tem que acabar?

PS. O carnaval "antigo” , como alguns insistem em chamar, ainda vive, blocos com suas "bandinhas" e fantasias fazem a alegria de foliões em diferentes bairros e no centro da cidade, só não é digno de ser transmitido pela Tv Bandeirantes.
Arroyo - Urso Tropical

domingo, fevereiro 03, 2008

Meio ambiente e o Carnaval



Para que alguns poucos “privilegiados” possam ver (mas não enxergar) o Carnaval da Bahia, na avenida 7, arvores inteiras foram, praticamente, destruídas. Incrível como a prefeitura não fiscaliza – se alguém conseguiu autorização para “podar” essas arvores no ultimo minuto antes do inicio da festa, deve apresentar esse documento - eu não acredito que alguma autorização tenha sido emitida. Logo no inicio da avenida, depois da Casa de Itália, dezenas de arvores centenárias, foram completamente “despenadas”, desprovidas de suas folhas e galhos, um autentico crime contra o meio ambiente. Tudo isso para facilitar o contato visual com os trios elétricos que passam pela avenida, pelos tais privilegiados.
Mais um absurdo contra esta cidade histórica, que não merece a gente que tem, o soteropolitano (entenda-se aqui o morador de Salvador), esta destruindo esta maravilhosa e histórica cidade, suas tradições, sua historia, sua verdadeira gente. Aqui, alem de se jogar tudo nas ruas, o “povo” urina e defeca sem o mínimo pudor, em qualquer época do ano, seja verão ou inverno, seja carnaval ou pascoa.
De onde vem essa “educação”?

Enviado: Arroyo – Urso Tropical

Sobrevivência - Carnaval da Bahia - Salvador



De acordo com as autoridades de Salvador Bahia, Prefeito, vereadores e parte da mídia, o Carnaval é, para muita gente, uma fonte de renda. Famílias inteiras, crianças, idosos, Pai, Mãe, chegam do interior para alojar-se nas ruas de Cidade, claro, muitos são habitantes da própria cidade do Salvador, de bairros distantes e pobres. A maioria chega entre a quarta e quinta feira que antecede a festa momesca para ”acamparem” nas ruas do centro e da Barra – circuito do Carnaval. São dezenas de centenas de pessoas que, precariamente, se alojam em barracas improvisadas, lonas que mal podem cobrir seus utensílios como, grelhas, isopor, mesas, etc. Já nos primeiros dois dias da folia pode-se sentir o mau cheiro, provocado pela quantidade de urina e fezes, restos de comida e muitas vezes vômitos expelidos por foliões que beberam demais, exatamente onde essas pessoas comercializam seus produtos. Cerveja, refrigerantes, água, cachaça e alimentos. Sanduíche, cachorro quente, hambúrguer, feijoada, entre outras tantas ofertas e possibilidades de comida.
Será que isso tudo – e muito mais que não estou relatando – vale a pena, para que no final da festa as famílias possam ganhar alguns reais?

enviada por: Arroyo - Urso Tropical