Você conhece o Jô? Após os 40, Jô conheceu Na. A partir daí, tudo que Jô fazia, era pensando em Na. Novos planos, novos objetivos, sonhos para a nova vida, tudo em função de Na. Para Jô, Na era sua razão de viver, não imaginava estar realizando algo sem a presença de Na. Na o mantinha animado, pois via o quanto Jô desejava dar certo. Todavia, Na tinha seus próprios sonhos e, não pretendia deixá-los, pois não imaginava sonhar os sonhos de outrem. Jô, entretanto não enxergava, via apenas sua própria vida com Na ao seu lado. Queria o melhor para Na, curtir passeios de barco, comer das mais deliciosas e diferentes iguarias, viajar ao redor do mundo e, algum dia, viver numa pequena fazenda cultivando flores, hortaliças, produzindo mel, criando galinhas e coelhos, alguns livros, rádio, TV. e Net. Tudo muito legal. Jô “apenas” olvidou de perguntar a Na se ela estava a fim de sonhar, junto com ele, os sonhos dele. Quando Jô tomou coragem e, impulsionado pela automotivação, disse a Na tudo que sonhava e pretendia, ficou estarrecido, boquiaberto com a expressão facial e a resposta dela... Jô não morreu, nem deixou tudo “acabar” em sua vida, mas levou quase três meses para compreender que, seres humanos, podem ter seus próprios interesses e que, o que parece ser bom para um pode não ser bom para o outro. Sonhos devem se tornar realidade, devem ser vividos, mas antes de colocar pessoas em teus sonhos, participe, compartilhe, faça perguntas aos que você pretende incluir nos teus sonhos. Quiçá você não queira viver o sonho de outrem?
Arroyo - 11/07/2012